Muitas pessoas têm esse receio sobre a gagueira, mas não deve ser algo preocupante. A gagueira é um distúrbio na comunicação, ela ocorre por diversos fatores podendo ser eles genéticos, psicológico, social entre outros. Esse distúrbio não tem uma única causa, ela é uma das comorbidades mais antigas. Ela surge ainda na infância e pode se estender até a vida adulta, mas ela pode ser tratada para uma melhor comunicação.
Quando percebida a dificuldade na fala da criança é necessário calma e compreensão, pois ela está em processo de aprendizado, podendo ou não apresentar rupturas na fala. Muitos associam a gagueira a problemas sentimentais, meio de chamar atenção, birra e até mesmo preguiça e este pode ser um erro. Criticar, pedir para que ela “pense antes de falar” e completar a palavra que a criança está com dificuldade pode atrapalhar ainda mais.
Um meio de ajudar é criar uma conversa mais suave com a criança, com um diálogo não acelerado, no qual a criança consiga manter o seu ritmo. Não complete a frase ou tente acelerar a fala, isso prejudica o aprendizado e o treino da fala, sempre que possível elogie o avanço conquistado. Busque estimular de forma calma e dentro do meio social da criança.
Há muitas dúvidas sobre a origem desse problema, ele pode ser variado, não há um único motivo. Ele pode ser genético. Se um membro da família ou mais apresentar esse distúrbio é provável que ele possa vir a aparecer em mais membros. Fatores médicos como AVC, traumatismos entre outros problemas que podem ocorrer ainda no útero ou quando recém-nascido. O fator social e emocional pode ser um agravante, não uma causa, um ambiente muito agitado, pessoas que falam muito rápido entre outros podem agravar a gagueira.
Caso haja dificuldade e persistência no problema o indicado é procurar um fonoaudiólogo. Este profissional consegue avaliar e informar a dificuldade da criança que pode ou não ser gagueira, além disso poderá desenvolver um tratamento e indicar exercícios para serem realizados em casa, que vão ajudar no tratamento da gagueira.
Segundo a fonoaudióloga da clínica Neurofisio Intensiva, Karla Lins, é preciso estar atento às crianças e como trabalhamos a conversação com eles “um ambiente saudável é formado quando se conversa com a criança em um ritmo que ela possa estar livre para aprender e ser apoiada sem represarias, afinal ela ainda está no desenvolvimento da fala”.