O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma desordem psicológica que pode atingir crianças e adultos, tendo como principais características a desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Segundo a terapeuta ocupacional que atua na Clínica Neurofisio Intensiva, Natani Belli, cada pessoa diagnosticada com o distúrbio pode vir a manifestar, principalmente, um único sintoma do TDAH, mas a predominância pode mudar durante as fases da vida, ou seja, não necessariamente o indivíduo revela as suas condições em conjunto. Sendo assim, em um período o paciente pode ser predominantemente desatento. Já em outro, poderá apresentar traço impulsivo ou hiperativo.
Para saber se a criança tem TDAH o primeiro passo é ter atenção ao convívio social, dificuldades de relacionamento, introzamento ou aceitação de outras crianças. Esses problemas podem ocorrer pela hiperatividade e ou impulsividade. O desempenho acadêmico também deve ser acompanhado por pais e responsáveis, não apenas nas notas tiradas nas matérias, mas em todo meio escolar, como a atenção e os sentimentos. Essas situações, como de baixo rendimento e má vontade em frequentar à escola, geralmente ocorrem quando a criança apresenta resitência para ir ao colégio, irritação ou tristeza.
Os prejuízos do TDAH podem interferir de forma mais ativa na vida do paciente, afentando a vida social, acadêmica e até no trabalho. Não é incomum haver adultos com TDAH, na maioria dos casos isso ocorre devido ao distúrbio não ter sido tratado quando o paciente ainda era criança, fazendo com que ele cresça e apresente dificuldades em completar tarefas diárias, se tornando desorganizado e distraído.
Na adolescência a dificuldade de organização e planejamento permanece, tendo ainda a dificuldade em se concentrar e de controlar os impulsos. Outro grave prejuízo nesta fase da vida pode ser em relação à autoestima, que fica bastante abalada.
Já na vida adulta é visto em atitudes como procrastinação, inquietude, dificuldade de manter a ordem, dificuldade com compromissos, desosrganização entre outros. Além de trazer riscos à saúde, pois muitas vezes a automedicação e a busca por tramentos alternativos levam a outros problemas.
O tratamento é multidiciplinar, podendo ser composto pela terapia ocupacional e a piscicopedagogia. Na Clínica Neurofisio Intensiva essas duas especialidades, além da fisioterapia, fonoaudiologia, integração sensorial, musicalização e psicologia. Na terapia ocupacional há intervenção fisíca, psíquico social e sensorial que podem ser lúdicas, corporais, de conhecimento, organização do espaço e cotidiano. O atendimento conta também com o acompanhamento terapeutico, orientando pais e professores, segundo a profissional Natani.” É importante respeitar as particularidades de cada paciente, sempre atento as respostas que os mesmos entregam”, finalizou.