No artigo de hoje vamos falar sobre dificuldade para engolir, também conhecida como Disfagia. Trata-se de uma alteração da deglutição que pode ser causada por paralisia cerebral, tumores ou doenças neurológicas, como por exemplo, Parkinson e AVC.
A disfagia pode ser oral, oro-farígea e esofageana. No primeiro tipo, o paciente fica muito tempo com alimento na boca, tem dificuldade para fechar os lábios e acaba deixando escoar líquidos pela boca, mesmo após a deglutição. Já na orofarígea existe a dificuldade em conter o alimento, com escape precoce para a faringe, além do atraso ou ausência no disparo do reflexo de deglutição, presença de resíduos alimentares na faringe, penetração de saliva ou alimento no nível das pregas vocais e aspiração de saliva ou alimento (entrada na via respiratória). A Disfagia Esofageana apresenta pressão no peito, sensação de alimento “parado” no meio do caminho, motilidade da musculatura esofageana diminuída, relaxamento do esôfago, fazendo refluir o conteúdo alimentar, diminuição da luz do esôgago, ou seja, do diâmetro do esôfago, dificultando a passagem do alimento.
De acordo com a fonoaudióloga da Neurofisio Intensiva Karla Lins, a disfagia pode expor o paciente ao risco de aspiração (quando o alimento vai erroneamente em direção aos pulmões) e suas complicações, principalmente, pneumonias aspirativas.
O tratamento do paciente disfágico pode envolver medidas fonoterápicas, clínicas ou cirúrgicas. Fazem parte do tratamento modificações dietéticas, adaptação de manobras e terapias facilitadoras da deglutição, uso de medicações e aplicação de toxina botulínica para diminuir a quantidade de saliva e até alguns procedimentos cirúrgicos.
Referências: