Letra feia pode ser sinal de transtorno de aprendizagem

Com os cadernos de caligrafia fora de moda nas escolas, a letra ilegível deixou de ser marca registrada apenas de médicos e apressados. Atualmente crianças e jovens atraídos pelos jogos de computadores e smartphones exercitam menos a letra cursiva. Mas nem sempre os famosos “garranchos” são resultados de preguiça e desleixo, mas sim um transtorno de aprendizagem conhecido como disgrafia, que afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números.

Pessoas que têm disgrafia podem ter o traçado comprometido, má organização da página e das letras, além de cometer erros ortográficos graves ao omitir, acrescentar ou inverter letras e sílabas. Existem disgráficos que embora possuam letras mal grafadas conseguimos compreender a escrita, por outro lado há aqueles que somente eles próprios conseguem ler o que escreveram.

Nos primeiros anos de vida é possível identificar alguns sinais de alerta a serem observados pelos pais como atraso no desenvolvimento da marcha e dificuldade para subir escadas, para andar sobre bases em desnível, para aprender a andar de bicicleta e ao amarrar os cadarços. Esses podem ser indícios de que a criança ao atingir a idade escolar pode se tornar disgráfica.

Assim como em outros transtornos de aprendizagem, o tratamento da disgrafia é multidisciplinar e envolve neurologistas, psicopedadogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

De acordo com a psicopedagoga da Neurofisio Intensiva, Juliana Almeida, a grande dificuldade da pessoa que tem disgrafia é a coordenação motora fina. Por isso, atividades como dobraduras, quebra-cabeças, liga pontos e labirintos ajudam a desenvolver a coordenação. 


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