O que a mastigação pode ter a ver com o desenvolvimento da fala? No primeiro momento pode parecer que nada, mas especialistas defendem que a mastigação pode sim influenciar diretamente na fala.
Crianças que comem apenas alimentos macios ou pastosos podem demorar mais para falar, podem apresentar hipotonia muscular facial (flacidez dos músculos da língua, lábios e bochecha), além de ter problemas na articulação dos sons da fala.
Essa flacidez traz prejuízos no desenvolvimento da criança, principalmente na formação dos dentinhos. Músculos flácidos não conseguem fechar os lábios, tendo como consequência a respiração oral. Algo que também não faz bem como já falamos aqui no blog.
A mastigação exige uma associação de movimentos da língua, dos lábios e da mandíbula, algo extremamente importante para a estimulação da musculatura da boca. Segundo a fonoaudióloga da Neurofisio Intensiva Karla Lins, a mastigação desenvolve movimentos refinados da fala, por isso é tão importante a introdução dos alimentos sólidos na dieta da criança.
Separamos para vocês algumas dicas que podem auxiliar na alimentação dos pequenos.
1 – O aleitamento materno é primeira maneira de estimular os músculos orais, sua coordenação com a respiração e o crescimento da face;
1 – O aleitamento materno é primeira maneira de estimular os músculos orais, sua coordenação com a respiração e o crescimento da face;
2 – Mesmo que a criança ainda não tenha dentes os pais podem oferecer alimentos sólidos para que o bebê segure, leve à boca e chupe; Essa prática também estimula o crescimento dos dentinhos;
3 – Nunca use liquidificador no preparo das papinhas, dê preferência à peneira. Quando a criança estiver mais acostumada, passe só a amassar a comida;
4 – Substitua o quanto antes a mamadeira pelo copinho. Se usar a chupeta, que seja por pouco tempo.
5 – Ensine a criança a mastigar bem para não correr o risco de asfixiar;
6 – Com um ano e meio a dois, a criança já está apta a comer a mesma comida do adulto sem a mãe precisar amolecer ou amassar.