Quando uma criança apresenta baixo rendimento escolar, falta de motivação para ir à escola, baixa autoestima, desatenção, agitação, agressividade ou impulsividade é momento de ficar atento. Esses sinais podem indicar que o indivíduo apresenta dificuldades de aprendizagem.
As origens desses problemas podem estar ligados ao contexto ambiental que se refere, por exemplo, à estrutura familiar ou ao nível socioeconômico. Também podem estar relacionados ao contexto psicológico dependendo da organização familiar, se houve a separação dos pais ou uma morte inesperada. A causa também pode ser de origem orgânica quando há a presença de distúrbios ou transtornos da aprendizagem como a dislexia, TDAH, disgrafia, entre outros.
Indivíduos com dificuldades de aprendizagem são suficientemente inteligentes, mas podem enfrentar muitos obstáculos. Os primeiros problemas geralmente aparecem na escola, por isso o professor tem um papel importante na identificação dessas características e encaminhamento para uma avaliação mais detalhada. De acordo com a psicopedagoga da Neurofisio Intensiva Juliana Almeida, professores comprometidos e sensíveis têm condições de perceber comportamentos e sinais de problemas de aprendizagem. É claro que quando a dificuldade tem origem orgânica é necessário um tratamento multidisciplinar composto por médicos, psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais. Contudo, os professores são importantíssimos nos processo de intervenção independentemente do problema. Seu olhar, sua sensibilidade, sua postura e afetividade fazem toda a diferença.
Os professores precisam ser capacitados para lidar com essas dificuldades, para entender seus alunos, saber diferenciá-los e respeitar o ritmo de cada um. Afinal, escola deve ser um ambiente inclusivo e feliz.