Você já deve ter ouvido falar que alguém ficou paraplégico ou tetraplégico, certo? Geralmente esses termos são mais comuns de serem usados no dia a dia. Pois bem, ambos são enfermidades causadas pela lesão medular.
De acordo com dados da Rede Lucy Montoro, no Brasil surgem 10 mil novos casos todos os anos de lesão medular, sendo:
- 46% arma de fogo;
- 30% acidente de trânsito;
- 14% de quedas;
- 7% mergulho;
- 2% traumas diversos;
- 1% arma branca.
O que talvez muitas pessoas não saibam é que a lesão medular pode ocorrer em virtude de uma doença, um defeito congênito ou por trauma. Isso significa que várias alterações na sensibilidade e na função motora podem ocorrer, dependendo da extensão e da localização da lesão. Os comprometimentos causados podem ser identificados dependendo do nível atingido, ou seja, os movimentos e as sensibilidades corporais estarão parcialmente reduzidos ou totalmente perdidos abaixo do nível da lesão. Quanto mais alta for a lesão, maior será essa perda e quanto mais baixa for a lesão, mais sensibilidade e movimentos serão preservados.
Independentemente se a paralisia for temporária ou não, a fisioterapia é parte essencial do processo de reabilitação.
Há cerca de dois anos, Ana Claudia Rodriguez (49) foi atingida por touro que escapou no Recinto de Festas “Gentil Neri da Silva”, em São João do Pau d’Alho (SP), durante rodeio. Ana sofreu uma lesão na coluna vertebral com o esmagamento de vertebras, que a levou a séries consequências motoras. Desde então ela tem realizado várias atividades para sua reabilitação aqui na Neurofisio Intensiva, além de hidroterapia e academia.
Muitas evoluções já foram conquistadas, atualmente a paciente é semi-independente para suas atividades de vida diária, incluindo higiene, vestuário, alimentação. Com muito bom humor e uma força de vontade incrível, Ana Cláudia é extremamente comprometida com o seu tratamento, sendo um grande exemplo de garra e coragem para todos da clínica.
Hoje separamos alguns trechos da última sessão de fisio, em que foi trabalhado o fortalecimento muscular de tronco, estímulo das vias sensoriais, redução da espasticidade, prevenção de deformidades articulares, além do equilíbrio e ortostatismo, tudo isso com o objetivo de apresentar estratégias que devolvam maior independência.