Se você não é parente ou não conhece alguém que tenha Mielomeningocele (MMC), muito provavelmente nunca tenha ouvido falar sobre esse assunto. Não é regra, mas geralmente é assim.
A chegada de uma criança com MMC é um evento que possui múltiplas faces, inicialmente marcada por muitas dúvidas e medo do que está por vir. Nesse momento, o apoio familiar e médico é de suma importância.
A Mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida aberta, é uma malformação congênita da coluna vertebral em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas. Essa malformação pode envolver comprometimento em vários sistemas do corpo humano, causando fraqueza muscular (às vezes envolvendo paralisia), alterações ortopédicas, problemas intestinais e urinários. Além disso, em 80% dos casos a hidrocefalia está associada.
Crianças com MMC precisam de cuidados especiais e podem ser submetidos à cirurgia fetal ou nas primeiras horas após o nascimento. Com o objetivo de eliminar ou minimizar as alterações trazidas pela patologia, um tratamento interdisciplinar já nos primeiros meses de vida demonstra ser eficaz. Nesse sentido, a fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, integração sensorial, equoterapia, psicopedagogia, além do uso de órteses são altamente indicados. Todas essas intervenções visam, é claro, a melhora da qualidade de vida e funcionalidade.
Aqui na Neurofisio Intensiva, temos a princesa Ana Paula (6) e a Ana Flávia (37). Elas são submetidas às sessões de fisioterapia, mas com objetivos e exercícios diferentes, respeitando suas especificidades.
Em um próximo post vamos conversar e conhecer melhor o dia a dia de pacientes com MMC, suas superações e outros detalhes.
Se você quer saber mais sobre a Mielomeningocele, indicamos a leitura desse livro “Mielomeningocele – O dia a dia, a visão dos especialistas e o quedevemos esperar do futuro”. Por meio de uma linguagem clara e objetiva, esse material traz informações muito interessantes, sob a ótica de profissionais da saúde e familiares.